Único romance entre os dois únicos livros publicados pelo mexicano Juan Rulfo, Pedro Páramo foi lançado em 1955 sem grandes repercussões. Apesar do reconhecimento imediato dos críticos, dos 2 mil exemplares da primeira edição, apenas a metade foi vendida. A mesma estrutura intricada e inovadora da narrativa de Rulfo que afastou inicialmente os leitores foi a responsável por, pouco tempo depois, consagrar o livro como um dos romances mais influentes da literatura hispano-americana. A história é contada numa mistura de primeira e terceira pessoas, alternando os personagens que falam em primeira pessoa. Não há capítulos, mas sim fragmentos que não seguem uma sequência temporal. São 123 páginas em uma linguagem direta e enxuta.